Florianópolis não quer ser 'depósito" de população de rua, diz prefeito

CEO Diário Estratégico
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 O prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, afirmou nesta semana que a capital catarinense “não quer ser depósito” de pessoas em situação de rua e que está tomando medidas para evitar o que considera um crescimento acelerado dessa população na cidade. A declaração foi dada durante uma entrevista coletiva sobre ações sociais e segurança urbana.



Segundo o prefeito, o município tem registrado aumento na chegada de pessoas vindas de outras cidades e estados, muitas vezes sem documentação ou apoio social. “Florianópolis tem políticas públicas para atender quem precisa, mas não podemos aceitar que a cidade vire destino definitivo de quem está sendo simplesmente enviado para cá”, declarou.


A fala gerou repercussão entre entidades que atuam com direitos humanos e assistência social. Organizações afirmam que políticas de acolhimento precisam ser ampliadas, não reduzidas, e que o foco deve estar na oferta de abrigo, tratamento de saúde, assistência psicológica e oportunidades de reinserção no mercado de trabalho.


A Prefeitura afirma que ampliou vagas em centros de acolhimento, está oferecendo programas de alimentação, apoio a dependentes químicos e cadastro social. O município também informou que está notificando cidades vizinhas após casos de pessoas supostamente encaminhadas para Florianópolis sem acompanhamento social adequado.


Especialistas apontam que o crescimento da população em situação de rua é um fenômeno nacional, resultado de desemprego, dependência química e alta de custos de moradia nas grandes cidades. Algumas capitais brasileiras relatam aumento semelhante ao de Florianópolis.


O debate sobre políticas públicas continua dividido. Enquanto setores da administração defendem regras mais rígidas para impedir o envio irregular de pessoas para a cidade, grupos sociais cobram mais investimento em acolhimento e tratamento.


A Prefeitura afirmou que continuará adotando medidas “firmes, porém humanitárias”, e que pretende reforçar parcerias com organizações sociais para ampliar atendimento. A discussão deve seguir nos próximos meses, com novas propostas sendo analisadas na Câmara Municipal.

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