Moraes Intima Daniel Silveira para Audiência sobre Possível Revogação da Liberdade Condicional

CEO Diário Estratégico
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) solicitou explicações sobre o não cumprimento das medidas cautelares impostas a Daniel Silveira. Ele quer esclarecimentos sobre os motivos que levaram ao descumprimento das determinações, antes de tomar qualquer decisão sobre o caso.



O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, intimou Daniel Silveira a comparecer a uma audiência no próximo dia 4, para apresentar justificativas sobre o descumprimento das medidas cautelares impostas pela Corte no momento da concessão de seu livramento condicional. O benefício foi revogado em 24 de dezembro após o STF constatar que Silveira não respeitou as condições estabelecidas para obter a liberdade.


A audiência não tem como objetivo reverter a revogação do benefício, mas sim determinar se o ministro aplicará punições adicionais em razão do descumprimento das medidas. Se as justificativas de Silveira não forem aceitas, ele poderá sofrer sanções, como a perda de até um terço da pena remida e a interrupção do prazo para obtenção de novos benefícios prisionais — o que significaria o reinício da contagem para a concessão de benefícios.


Essas punições são previstas para presos que cometem faltas graves durante o cumprimento da pena.


Daniel Silveira, eleito pelo antigo PSL, perdeu o mandato de deputado após ser condenado pelo STF a 8 anos e 9 meses de prisão por crimes de ameaça ao Estado Democrático de Direito e coação no curso do processo. Entre outubro e dezembro do ano passado, ele esteve em regime semiaberto.


Em 20 de dezembro, o STF concedeu-lhe o livramento condicional, permitindo que ele circulasse livremente durante o dia, mas com restrições, como a proibição de sair da cidade e a obrigação de se recolher à noite nos finais de semana e feriados. No entanto, no primeiro dia de liberdade condicional, Silveira desrespeitou as condições, retornando à sua residência às 2h10, mais de quatro horas após o horário limite.


Diante do descumprimento, o ministro Moraes decidiu revogar o livramento condicional de Silveira e, no processo, também mencionou que o réu já havia violado as medidas cautelares mais de 227 vezes desde o início de seu processo criminal. Como resultado, Silveira foi novamente preso, retornando ao regime fechado em Bangu 8, no Rio de Janeiro, em 24 de dezembro.


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