São Paulo, 15 de agosto de 2025 – Em um pronunciamento feito após evento em Sorocaba (SP), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) abordou pela primeira vez o escândalo de corrupção que envolve o empresário Sidney de Oliveira, proprietário da Ultrafarma, e auditores da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP). Ele foi enfático ao afirmar que os responsáveis “vão sentir a mão pesada do Estado” e que “vagabundo tem que ser tratado com rigor, e é isso que vai acontecer”.
Segundo Tarcísio, a fraude teria se estendido desde 2015, com destaque para um esquema iniciado em 2021. Ele reforçou que sua gestão encontrou uma estrutura estadual “ainda muito analógica”, sem órgão central de RH nem Controladoria-Geral, o que contribuiu para a perpetuação dos desvios. Como resposta, o governo vem implementando reestruturações, promovendo a digitalização de processos e fortalecendo o controle interno .
A investigação, parte da Operação Ícaro conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), resultou na prisão temporária de Sidney de Oliveira, de um auditor fiscal da Sefaz-SP e do diretor da Fast Shop, Mário Otávio Gomes. Segundo as apurações, os envolvidos movimentaram mais de R$ 1 bilhão em propinas para favorecer empresas do varejo com créditos tributários indevidos .
Além da repressão direta aos envolvidos, o governador ressaltou a necessidade de desferir punições nas esferas administrativa, civil e penal — incluindo a recuperação de bens obtidos de forma ilícita — como forma de prevenir novas práticas corruptas .
