Brasília, 16 de agosto de 2025 — Instituições financeiras brasileiras passaram a rever operações e revisitar normas de compliance em resposta à inclusão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na lista de sanções da Lei Global Magnitsky, dos Estados Unidos. A medida, adotada no fim de julho, já está causando reverberações no setor bancário nacional.
A restrição, sancionada pelo governo Trump, impede a realização de transações com instituições financeiras e empresas americanas, como Visa e Mastercard, além do bloqueio de bens sob jurisdição dos EUA — mesmo sem haver indícios de que Moraes detenha ativos no exterior .
Fontes do setor financeiro relataram que os bancos, especialmente os que mantêm operações internacionais ou vínculos com o sistema financeiro norte-americano, buscam pareceres jurídicos nos Estados Unidos para compreender o alcance das restrições . Especialistas coincidiam que operações em real parecem mais seguras, enquanto transações em dólar e serviços ligados ao mercado americano estão sob intensa revisão .
No lado político, as sanções provocaram forte reação do governo brasileiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a medida como “ingerência inaceitável”, e o próprio Alexandre de Moraes minimizou os efeitos, alegando não possuir ativos nos Estados Unidos .
Ainda assim, a magnitude do sistema financeiro internacional — predominantemente lastreado em dólar — torna difícil escapar de punições secundárias. Caso um banco brasileiro mantenha relações com Moraes, isso pode acarretar penalidades e bloqueios em seus próprios ativos no exterior .

