O Nordeste ocupa a liderança nacional nos casos de exploração sexual infantil, segundo dados mais recentes referentes ao biênio 2023-2024. Mais de 17 mil locais de exploração foram identificados na região, número que acende um alerta sobre a gravidade do problema e a necessidade de reforço nas políticas públicas de proteção à infância.
A exploração sexual de crianças e adolescentes é considerada uma das mais graves violações de direitos humanos. Especialistas destacam que a vulnerabilidade social, a ausência de políticas eficazes e a impunidade contribuem para que o Nordeste apresente índices alarmantes.
A legislação brasileira, por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), prevê punições severas para crimes de exploração sexual. No entanto, organizações da sociedade civil e conselhos tutelares denunciam a insuficiência de recursos destinados ao combate dessa prática, especialmente em municípios de médio e pequeno porte.
Parlamentares e movimentos sociais têm pressionado o governo federal e os estados nordestinos para que medidas urgentes sejam adotadas. Entre as propostas discutidas estão a ampliação da rede de proteção social, o fortalecimento das delegacias especializadas e a criação de programas de conscientização junto às comunidades.
O número elevado de casos identificados na região expõe não apenas a violência contra crianças e adolescentes, mas também um desafio político: garantir a aplicação efetiva de políticas públicas que assegurem proteção integral e rompam o ciclo de impunidade que alimenta esse tipo de crime.


