Direita lidera na Bolívia e ameaça encerrar 20 anos de esquerda no poder

CEO Diário Estratégico
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 La Paz, 17 de agosto de 2025 – As eleições gerais realizadas neste domingo (17) na Bolívia têm sinais claros de uma virada histórica no cenário político do país. A corrida presidencial aponta com firmeza para uma vitória da direita, o que poderia pôr fim a quase duas décadas de hegemonia do Movimento ao Socialismo (MAS), o partido de esquerda fundado por Evo Morales.




Crise econômica e fragmentação política do MAS



A Bolívia atravessa uma das mais graves crises econômicas dos últimos 40 anos, marcada por inflação elevada, escassez de combustíveis, escassez de dólares e profunda insatisfação popular  . Além disso, o MAS enfrenta uma fragmentação interna severa: nem Evo Morales nem o atual presidente Luís Arce concorrem, ambos fora da disputa por motivos distintos, o que enfraquece a legenda; Morales chegou a convocar seus seguidores para anularem seus votos  .



Nomes da direita assumem liderança nas pesquisas



No topo das intenções de voto estão dois candidatos de direita:


  • Samuel Doria Medina, empresário de centro-direita, que lidera com cerca de 21% segundo o Ipsos-Ciesmori  , prometendo acabar com a escassez de combustíveis e dólares em 100 dias  .
  • Jorge “Tuto” Quiroga, ex-presidente, também aparece com cerca de 20–22% nas intenções de voto  .




Possível mudança política



Se nenhum dos candidatos obtiver a maioria necessária – mais de 50% dos votos ou, alternativamente, pelo menos 40% com uma vantagem de 10 pontos percentuais – um segundo turno será realizado em 19 de outubro  . A avaliação de analistas é de que o fim da hegemonia de quase 20 anos do MAS se aproxima, embora reconheçam que a retirada do poder pode não ser simples  .



Contexto histórico



Desde que Evo Morales assumiu a presidência em 2006, o MAS reina quase ininterruptamente no país  . No entanto, mudanças internas profundas, disputas de liderança e desgaste político culminaram em fraturas que levaram ao que alguns comentaristas denominaram “autodestruição” da esquerda  .




Resumo em destaque:


  • A crise econômica e o descontentamento popular estão alimentando o avanço da direita nas eleições bolivianas.
  • A fragmentação do MAS e a ausência de suas principais lideranças agravaram sua vulnerabilidade.
  • Samuel Doria Medina e Jorge Quiroga lideram a disputa, abrindo caminho para uma possível mudança de rumo político.
  • Caso nenhum alcance os requisitos para vencer no primeiro turno, o segundo turno se realizará em 19 de outubro.



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