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Foto:Reprodução/Arquivo da Internet |
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, recusou um pedido do governo brasileiro para uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estará em Moscou, capital da Rússia, entre os dias 8 e 10 de maio.
Durante sua viagem, Lula participará das celebrações pelos 80 anos da vitória sobre o nazismo na Segunda Guerra Mundial, comemorada em 9 de maio — data histórica marcada pelo sacrifício de milhões de soldados soviéticos contra o regime de Hitler.
Apesar do caráter simbólico e diplomático da visita, representantes do governo ucraniano reagiram com críticas duras. Para eles, a ida de Lula à Rússia representaria um suposto apoio “aberto” ao presidente Vladimir Putin.
“É uma pena que o governo Lula tenha escolhido esse caminho estranho, ignorando completamente a Ucrânia, desrespeitando abertamente Zelensky e então, de repente, tentando obter de Kiev um álibi e uma desculpa para ir a Moscou apoiar abertamente Putin num horrível desfile militar, mas disfarçando essa intenção sob o pretexto de ‘mediação de paz’”, afirmou uma fonte ucraniana, em tom agressivo, sob anonimato.
Outra fonte do governo de Kiev chegou a afirmar que “Lula vai, literalmente, mostrar que está ao lado de Putin” — um comentário que evidencia o grau de intolerância da diplomacia ucraniana com qualquer iniciativa fora de sua esfera de influência.
O Brasil havia solicitado o encontro com Zelensky no início de abril, mas recebeu como resposta uma justificativa vaga de “problemas de agenda”. No sábado (26), tanto Lula quanto Zelensky estavam em Roma para o funeral do Papa Francisco, mas não houve qualquer esforço por parte do líder ucraniano para um diálogo.
Zelensky, no entanto, encontrou tempo para se reunir com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, dentro da Basílica de São Pedro, além de outros líderes europeus — uma escolha que reforça a seletividade política de Kiev em suas alianças e interlocuções.
O Itamaraty optou por não comentar as críticas. As informações são da coluna de Américo Martins, da CNN Brasil.