Davi Alcolumbre é reeleito presidente do Senado para o biênio 2025-2027

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Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foi reeleito presidente do Senado Federal neste sábado (1º), no primeiro turno da eleição, obtendo 73 votos. Com essa vitória, ele assume a presidência da Casa para o biênio 2025-2027, sucedendo o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que esteve à frente do Senado nos últimos quatro anos e desempenhou um papel importante no equilíbrio político durante o período.


O processo eleitoral contou com a participação de outros senadores, entre eles o astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e o senador Eduardo Girão (Novo-CE), que também disputaram o cargo de presidente, mas obtiveram apenas 4 votos cada um. Já os senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Soraya Thronicke (Podemos-MS) decidiram, durante a reunião preparatória, retirar suas candidaturas, alegando estratégias políticas internas e a busca por mais apoio para as futuras eleições.


Davi Alcolumbre, que agora retorna ao cargo de presidente do Senado, já havia ocupado essa função pela primeira vez entre 2019 e 2021, tornando-se o presidente mais jovem da história da Casa, o que foi um marco importante para sua trajetória política. A reeleição de Alcolumbre reflete sua forte base de apoio e sua habilidade em negociar dentro da política nacional, especialmente considerando a diversidade de partidos e grupos que compõem o Senado.


Davi Alcolumbre: uma trajetória política sólida e em constante ascensão


Davi Samuel Alcolumbre Tobelem nasceu em Macapá, capital do estado do Amapá, no dia 19 de junho de 1977. Filho de uma família com forte vínculo com a política local, ele iniciou sua carreira política de forma precoce, sendo eleito vereador de Macapá em 2001, pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). No ano seguinte, sua ascensão política continuou com a eleição para a Câmara dos Deputados, onde permaneceu por dois mandatos consecutivos, representando o Amapá no Congresso Nacional.


Em 2005, Davi Alcolumbre fez uma mudança significativa em sua carreira ao se filiar ao Partido da Frente Liberal (PFL), o qual mais tarde se fundiria com o Democratas e, finalmente, se tornaria o União Brasil. Sua adesão ao novo partido visava fortalecer sua trajetória política em nível nacional, e, em 2006, foi reeleito deputado federal, ampliando sua influência na política brasileira.


Em 2009, Alcolumbre se licenciou de seu cargo como deputado federal para assumir a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos de Macapá, durante a gestão do prefeito Roberto Góes. No entanto, ele retornaria à Câmara dos Deputados em 2010, quando novamente conquistou a reeleição para um novo mandato, sempre com forte apoio popular em seu estado.


Em 2014, o senador deu mais um passo importante em sua carreira política ao ser eleito para o Senado Federal. Já em 2015, foi nomeado para a presidência da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), o que lhe conferiu uma plataforma ainda mais relevante para atuar em projetos voltados ao crescimento e à infraestrutura das regiões mais carentes do Brasil.


Em 2018, Davi Alcolumbre decidiu se licenciar do Senado para disputar o cargo de governador do Amapá, mas não obteve sucesso nas urnas. Contudo, ele retornou ao Senado no final do mesmo ano e, em 2019, foi eleito presidente da Casa. Sua eleição foi um marco, não apenas pela sua juventude, mas também pela habilidade política demonstrada ao articular apoio entre diferentes correntes ideológicas no Senado.


Durante sua primeira presidência, Alcolumbre teve papel decisivo em diversos momentos críticos da política nacional. Em um dos maiores feitos de sua gestão, ele assinou a transferência definitiva das terras da União para o Amapá, uma reivindicação histórica do estado que perdurava há mais de 30 anos. A medida foi considerada um marco para o desenvolvimento do estado e uma importante vitória para Alcolumbre, que demonstrou seu compromisso com as demandas locais de seu eleitorado.


Desafios e perspectivas para o novo mandato de Davi Alcolumbre


A reeleição de Davi Alcolumbre reflete sua habilidade política e sua capacidade de construção de consenso no Senado, uma Casa marcada por uma grande diversidade de ideologias. No entanto, seu novo mandato enfrentará desafios significativos, como a necessidade de lidar com questões econômicas delicadas, reformas políticas essenciais e o fortalecimento da democracia em tempos de polarização.


O Senado, sob sua presidência, será pressionado a manter a independência em relação ao Executivo e a garantir a transparência nas decisões importantes que impactam diretamente o futuro do Brasil. Alcolumbre, conhecido por seu pragmatismo político, terá que buscar o equilíbrio entre os diferentes blocos e interesses, sem perder de vista a defesa do Amapá, seu estado natal.


Com o foco em projetos que promovam o desenvolvimento regional e o fortalecimento das instituições democráticas, Davi Alcolumbre entra para seu segundo mandato com a expectativa de consolidar sua liderança dentro do Senado e na política nacional, sendo, mais uma vez, uma figura chave nos próximos anos de governo no Brasil.

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