Antes de serem entregues a Israel, reféns foram expostas em praça pública
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Foto: Reprodução/BBC |
Quatro reféns israelenses foram libertadas pelo grupo Hamas, na manhã deste sábado (25), como parte do acordo de cessar-fogo entre a milícia palestina e Israel, em vigor na Faixa de Gaza. As reféns libertadas foram as militares Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag, que foram transportadas em veículos da Cruz Vermelha para fora do enclave.
Antes de serem levadas para Israel, no entanto, as quatro mulheres foram levadas a um palco na Cidade de Gaza, onde foram expostas diante de uma multidão de palestinos, sendo cercadas por dezenas de homens armados do Hamas. As militares acenaram e sorriram para os presentes antes de serem conduzidas para os veículos da Cruz Vermelha. Autoridades israelenses confirmaram que as reféns já estão sob sua custódia.
As quatro militares foram capturadas em 7 de outubro de 2023, durante o ataque à base militar de Nahal Oz, que foi invadida por combatentes do Hamas. No ataque, aproximadamente 1,2 mil pessoas foram mortas, e cerca de 250 reféns, incluindo as quatro jovens, foram feitas prisioneiras. As militares ficaram sob cativeiro por 477 dias.
Em troca da libertação das reféns, Israel deverá liberar até 250 prisioneiros palestinos. O acordo entre as partes estipula a libertação de entre 30 e 50 prisioneiros palestinos para cada refém israelense devolvido, além da suspensão dos bombardeios e incursões militares em Gaza. O acordo de cessar-fogo prevê que, nos primeiros 42 dias, entre três e quatro reféns sejam libertados semanalmente.
No domingo (19), o Hamas já havia liberado a primeira leva de reféns, composta por duas israelenses e uma britânica com nacionalidade israelense. O acordo de cessar-fogo prevê a libertação de 33 reféns pelo Hamas, enquanto Israel se compromete a liberar prisioneiros palestinos e reduzir as operações militares na Faixa de Gaza.