Eleitores de Marçal já escolheram seu candidato para o segundo turno; confira os dados do Datafolha

Caio Tomahawk
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Na disputa pelo segundo turno das eleições em São Paulo, os eleitores de Pablo Marçal, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, estão começando a definir suas preferências em relação ao próximo candidato a apoiar. Os dados da pesquisa Datafolha, divulgados recentemente, revelam que a maioria dos votos que Marçal recebeu tende a se direcionar para Ricardo Nunes, atual prefeito e candidato à reeleição.


De acordo com os números da pesquisa, Ricardo Nunes está recebendo 84% dos votos dos eleitores de Marçal, enquanto Guilherme Boulos, do PSOL, atrai apenas 4% desse eleitorado. Esse cenário indica um forte movimento de apoio em favor de Nunes, consolidando sua posição no segundo turno e reforçando a ideia de que Marçal, apesar de não ter avançado, pode influenciar o resultado final da eleição.


A rejeição dos candidatos também é um fator importante a ser considerado. Segundo a pesquisa, 58% dos eleitores afirmaram que não votariam em Boulos de maneira alguma, o que coloca o candidato sob forte pressão para conquistar o apoio de outras bases eleitorais. Por outro lado, Ricardo Nunes enfrenta uma rejeição de 37%, embora esse índice seja consideravelmente mais baixo em comparação ao seu concorrente.


O contexto de rejeição dos candidatos foi um ponto central nas últimas pesquisas. No primeiro turno, Pablo Marçal liderou a lista de rejeição, com 53% dos eleitores afirmando que não votariam nele. Em seguida, José Luiz Datena apresentou uma rejeição de 39%, enquanto Guilherme Boulos ficou com 38%. Esses números não apenas ilustram a dificuldade que alguns candidatos enfrentam, mas também orientam as estratégias de alianças no segundo turno.


Com o segundo turno se aproximando, as articulações políticas entre os candidatos se intensificam. Tanto Nunes quanto Boulos estão buscando apoios que possam ser decisivos. Nunes, por exemplo, decidiu não formalizar um apoio a Marçal, ciente da alta rejeição que o influenciador enfrenta. Essa estratégia demonstra uma cautela em relação à imagem de Nunes, que procura evitar qualquer associação que possa prejudicar sua campanha.


Por outro lado, Boulos, que obteve 29,07% dos votos válidos no primeiro turno, recebeu o apoio de Tabata Amaral, do PSB. Essa aliança pode trazer novos ares para sua candidatura e ampliar sua base de apoio, especialmente entre os eleitores mais jovens e progressistas.


A questão do apoio de figuras políticas influentes também está em jogo. Ricardo Nunes contará com a adesão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que, após um período de distanciamento, decidiu se envolver ativamente na campanha. A pressão de aliados bolsonaristas parece ter sido um fator determinante para essa mudança de postura. A estratégia de Bolsonaro é replicar a tática bem-sucedida utilizada por Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, que se beneficiou enormemente do apoio direto do ex-presidente durante sua eleição.


A expectativa é que Bolsonaro faça uma declaração de apoio mais explícita a Nunes, visando atrair o eleitorado conservador que ainda está indeciso. Essa movimentação pode ter um impacto significativo nas intenções de voto, especialmente em um cenário onde a polarização política é evidente e os eleitores buscam referências claras em suas escolhas.


Além das alianças, as campanhas também precisam considerar a rejeição dos candidatos, que pode influenciar o comportamento do eleitorado. A alta rejeição enfrentada por Boulos pode ser um obstáculo, mas seu apoio a figuras como Tabata Amaral pode ser uma tentativa de suavizar essa percepção. Nunes, por sua vez, aposta em sua gestão como prefeito e no apoio de líderes influentes para solidificar sua posição.


À medida que o segundo turno se aproxima, as dinâmicas eleitorais em São Paulo se tornam cada vez mais complexas. A influência dos eleitores de Pablo Marçal, as articulações de apoio entre os candidatos e as altas taxas de rejeição são fatores que podem moldar o resultado final das eleições. Os próximos dias serão cruciais para entender como essas variáveis se entrelaçam e qual direção os eleitores tomarão em suas escolhas. A batalha entre Nunes e Boulos promete ser acirrada, e a mobilização dos eleitores será determinante para o desfecho desse processo eleitoral.

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