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Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo |
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, comentou nesta quarta-feira (23) a operação da Polícia Federal que desmantelou um esquema de fraudes no INSS, responsável por desviar cerca de R$ 6,3 bilhões dos cofres públicos. O escândalo resultou no afastamento do presidente do órgão, Alessandro Stefanutto.
Lewandowski classificou o caso como um ataque direto aos aposentados, chamando-os de “vítimas fáceis” diante da ação de criminosos. Para o ministro, os golpistas se aproveitaram da fragilidade de pessoas que já enfrentam dificuldades naturais da idade.
Segundo ele, a operação integra o esforço do Ministério da Justiça no combate ao crime organizado e busca resgatar a confiança nas instituições públicas, especialmente aquelas voltadas à proteção social.
As investigações apontam que o esquema envolvia descontos indevidos em aposentadorias e pensões, com repasses ilegais a sindicatos e entidades, sem o consentimento dos beneficiários — uma prática vedada por lei. O golpe teria ocorrido entre 2019 e 2024.
A ação mobilizou cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU. Foram cumpridos mais de 200 mandados de busca e apreensão, além de prisões e bloqueio de bens que ultrapassam R$ 1 bilhão. Entre os itens apreendidos estão carros de luxo, joias, dinheiro vivo e obras de arte.
A operação foi realizada no Distrito Federal e em 13 estados. Seis servidores do INSS também foram afastados, evidenciando o envolvimento de agentes públicos no esquema.