Trump exclui termos como gay, lésbica, transgênero, bissexual e LGBTQ dos sites oficiais do governo e agências federais

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Donald Trump — Foto: Carlos Barria/ Reuters

O governo Trump implementou uma censura nos sites federais, excluindo termos como gay, lésbica, bissexual, LGBTQ, HIV, orientação sexual e transgênero. Segundo levantamento da ONG GLAAD, que monitora a mídia LGBTQIA+ há mais de 40 anos, essas palavras foram removidas logo no início do segundo mandato do presidente.


No site oficial da Casa Branca, por exemplo, as referências a esses termos desapareceram desde segunda-feira, data da posse de Trump e da assinatura de uma ordem executiva que estabelece uma política oficial de dois sexos – masculino e feminino.


O decreto define que esses gêneros são imutáveis e baseados em “realidade fundamental e incontestável.” Segundo o texto, o sexo de uma pessoa seria determinado na concepção: a que gera “a grande célula reprodutiva” é considerada mulher, e a que gera “a pequena célula reprodutiva”, homem.


Com o título “Defendendo as mulheres do extremismo da ideologia de gênero e restaurando a verdade biológica ao governo federal”, a ordem executiva de Trump determina a exclusão de todas as orientações, comunicações, políticas e formulários relacionados à “ideologia de gênero radical.” Além disso, proíbe o uso de fundos federais para financiar programas que promovam a “ideologia de gênero.” Passaportes e outros documentos, por sua vez, passam a incluir apenas um dos dois gêneros, o que impacta diretamente a realidade das pessoas trans. Isso representa mais um retrocesso nas políticas do governo Biden, que havia introduzido a opção de marcador de gênero X no passaporte americano, disponível para pessoas não binárias ou intersexuais.


A União Americana para Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês) alertou que “exigir que os passaportes de pessoas transgênero mostrem o sexo atribuído ao nascimento efetivamente as expõe como transgênero sempre que apresentarem o documento”.


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Com a reeleição de Trump, a GLAAD iniciou o monitoramento de conteúdos inclusivos nos sites da Casa Branca e das agências governamentais, prevendo que, assim como no primeiro mandato, essas páginas seriam apagadas. A organização detectou 54 links no WhiteHouse.gov, 12 no Departamento de Defesa e outros 12 no Departamento de Estado, entre outros órgãos federais. No entanto, desde a segunda-feira, essas páginas deixaram de existir.


De acordo com a presidente da GLAAD, Sarah Kate Ellis, o intuito do governo é dificultar o acesso da comunidade LGBTQIA+ a informações e recursos federais.


“O presidente se diz defensor da liberdade de expressão, mas está claramente comprometido em censurar qualquer informação relacionada aos americanos LGBTQ e às questões que enfrentamos”, afirmou Sarah.


Em resumo, a ordem de Trump visa excluir da realidade americana os milhões de cidadãos que se identificam como trans.

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