Nesta quinta-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas à diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, durante a avaliação sobre os resultados do PIB brasileiro divulgados esta semana. Lula ironizou a expertise de Georgieva, afirmando que, ao contrário do que seria esperado de alguém à frente de uma das instituições financeiras mais importantes do mundo, ela "deve saber de tudo, menos de economia".
A crítica de Lula surgiu a partir de uma lembrança de um encontro que teve com a diretora do FMI, em janeiro de 2023, no Japão, durante o Fórum Econômico Mundial em Hiroshima. De acordo com o presidente, Georgieva havia informado, na ocasião, que a previsão do FMI era de um crescimento modesto de apenas 0,8% para a economia brasileira em 2023. Lula se recordou da conversa e contestou diretamente a previsão do FMI, apontando que a realidade da economia brasileira seria muito diferente da avaliação feita pela instituição.
"Eu disse para ela: ‘Minha senhora, a senhora pode conhecer muito do FMI, mas a senhora não conhece do Brasil’", revelou o presidente, destacando sua confiança na capacidade do Brasil de superar as expectativas econômicas negativas apontadas por Georgieva.
O presidente também fez questão de ressaltar a correção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o desempenho do PIB do país. O crescimento da economia brasileira em 2023 foi revisado para 3,2%, superando em quatro vezes a previsão inicial do FMI. Para Lula, isso demonstra que as análises feitas por Georgieva e outros analistas internacionais estavam equivocadas.
"O que aconteceu de fato? Essa semana, o IBGE publicou a correção do crescimento do PIB brasileiro, que foi de 3,2%, quatro vezes a mais do que o FMI previu", declarou o presidente, evidenciando sua satisfação com o desempenho da economia nacional. Lula ainda complementou sua fala com uma provocação a algumas pessoas do mercado financeiro, que, segundo ele, continuavam a disseminar previsões pessimistas sobre o crescimento da economia. "Agora, outra vez, algumas pessoas do mercado começaram a anunciar e alardear na imprensa que a economia brasileira não ia crescer mais do que 1,5%. E para a nossa bela sorte, a economia brasileira vai crescer esse ano 3,5%. E se tomar cuidado, pode chegar a 4%. Um dos maiores crescimentos de todos os países do mundo", afirmou, com otimismo.
O presidente também aproveitou a ocasião para reforçar que, apesar das previsões negativas de economistas e analistas internacionais, o Brasil está conseguindo mostrar resiliência e superando as dificuldades econômicas. Segundo ele, o crescimento econômico do país reflete o esforço das políticas públicas implementadas durante seu governo, além de um desempenho positivo em setores-chave da economia.
Lula tem se mostrado cada vez mais confiante na trajetória de recuperação econômica do Brasil, mesmo diante de desafios externos e previsões desanimadoras vindas de organismos internacionais. Ele tem enfatizado que o Brasil tem se recuperado de forma sólida, alcançando resultados positivos, como o aumento da produção e do emprego, além de um crescimento do PIB mais robusto do que o inicialmente projetado.
Essa mudança nas projeções do FMI, e a subsequente correção feita pelo IBGE, representa mais um episódio em que as previsões econômicas externas não corresponderam à realidade brasileira. Com isso, Lula acredita que o país está no caminho certo e que, com o esforço coletivo do governo e da população, o Brasil pode superar ainda mais obstáculos e alcançar um crescimento econômico significativo nos próximos anos.
Enquanto isso, o governo brasileiro continua a buscar alternativas para fomentar o crescimento e melhorar as condições sociais do país, incluindo investimentos em infraestrutura, geração de empregos e combate às desigualdades.