Em uma sessão marcada por trocas acaloradas, o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) usou o espaço da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados para criticar a condução da presidência, exercida por Nikolas Ferreira (PL-MG). Durante a reunião, Correia acusou o presidente de transformar o colegiado em palco de pautas ideológicas e classificou o ano de trabalho na comissão como um “fracasso”. A declaração gerou uma forte resposta de Nikolas, que rebateu as acusações com dados sobre a produtividade do grupo.
Correia, em seu discurso, afirmou que a presidência da comissão estava “desesperada” e acusou a gestão de promover pautas que ele definiu como “ideologicamente de extrema-direita”. Suas palavras foram: “Está acabando a tinta da presidência atual da Comissão de Educação, e quando a tinta está acabando, o desespero também aparece. É preciso discutir mentiras e ódios para tentar esconder o fracasso que foi este ano aqui na comissão.”
Nikolas, visivelmente preparado para o confronto, respondeu às críticas com firmeza, destacando números que apontam a produtividade da comissão durante sua gestão. “Esse ano foram aprovados mais de 61 projetos de lei nessa comissão. O senhor não deve saber disso porque é a segunda vez que eu te vejo aqui, é um turista. Pelo contrário, o pior secretário de Educação do seu estado foi da Macaé. Não somos nós que temos ministro tarado. Engraçado que o senhor não falou nada a respeito disso.”
O embate subiu de tom quando Nikolas ironizou o desempenho eleitoral de Correia, dizendo que ele teve menos votos do que os dois candidatos a vereador apoiados por ele em Minas Gerais. “Quem passa vergonha aqui é o senhor. Se o senhor quer vir aqui para fazer tumulto e atacar o presidente, o senhor também escuta.”
A tensão atingiu o ápice quando Correia tentou retomar a palavra após o microfone ser cortado, chamando Nikolas de “covarde”. O presidente da comissão respondeu com ironia, gerando risos no plenário: “Se acalme, deputado. O senhor está vermelho e muito estressado.”
A sessão foi encerrada sob aplausos da base aliada de Nikolas Ferreira, evidenciando o clima de polarização que marcou a condução da Comissão de Educação ao longo do ano. Os desentendimentos reforçam a divisão ideológica presente na Câmara dos Deputados, com os dois parlamentares representando lados opostos de um debate cada vez mais intenso sobre os rumos da política educacional no país.