Plano de Golpe: “Kids Pretos” Propõe Prender Ministros do STF e Realizar Nova Eleição

Caio Tomahawk
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 Planilha Detalhando Tentativa de Golpe Institucional é Encontrada com Militar Preso pela Polícia Federal


A Polícia Federal realizou uma apreensão significativa durante as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil, ocorrida em 2022. Um pen drive contendo uma planilha com mais de 200 linhas foi encontrado com o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, detido em fevereiro deste ano. O documento, identificado como “Operação Luneta”, traz detalhes sobre um plano estratégico voltado à ruptura institucional no país, segundo informações divulgadas pela PF.


De acordo com os investigadores, a planilha, elaborada por Hélio Ferreira Lima, membro do grupo conhecido como “kids pretos”, delineia ações com o objetivo de “reestabelecer a lei e a ordem”. A missão descrita no material seria a suposta retomada da estabilidade jurídica e institucional, sob o argumento de proteção à democracia. Entretanto, o documento revela intenções de controle dos três poderes e de implementação de um ambiente favorável à apropriação da máquina pública. O plano cita a necessidade de neutralizar a atuação do Supremo Tribunal Federal, com menções específicas ao ministro Alexandre de Moraes, um dos alvos do grupo.


Detalhes da Operação Luneta e Cronograma Estratégico


A planilha intitulada “Desenho Op Luneta.xlsx” detalha as etapas do suposto plano, divididas em fases que se estenderiam de dezembro de 2021 até agosto de 2023. O cronograma, segundo a PF, demonstra a preocupação do grupo com cada aspecto da execução do golpe.

Modelagem do ambiente: A fase inicial, prevista para dezembro de 2021, envolvia a preparação de condições estratégicas para justificar a intervenção.

Reestabelecimento da legalidade: Este estágio, que se estenderia de janeiro a junho de 2022, concentrava esforços para consolidar o discurso de retomada da ordem jurídica no país.

Manutenção da lei e da ordem: Planejada para o período de junho a dezembro de 2022, essa etapa visava estabilizar o cenário político e institucional controlado pelos autores do golpe.

Normalização: Entre janeiro e maio de 2023, o plano previa a adaptação do país à nova configuração de poder, com ações para consolidar a influência sobre as instituições.

Reversão: A última etapa, programada para junho a agosto de 2023, trataria de desmontar qualquer estrutura oposta ao novo regime implantado.


O documento também menciona ações específicas para enfraquecer o STF, com estratégias para limitar sua capacidade de atuação. Essa menção reflete a animosidade dos envolvidos em relação ao papel desempenhado pela Corte, especialmente pelo ministro Alexandre de Moraes, na defesa do estado democrático de direito.


Repercussão e Impacto nas Investigações


A descoberta da planilha é considerada uma peça-chave nas investigações conduzidas pela Polícia Federal. O material reforça as suspeitas sobre a existência de uma organização estruturada, com hierarquia e planejamento detalhado, voltada à realização do golpe de Estado. Além disso, a identificação de Hélio Ferreira Lima como autor da planilha confirma sua posição de destaque dentro do grupo que idealizou a “Operação Luneta”.


Para a PF, a apreensão evidencia a gravidade das intenções e o nível de organização dos envolvidos. A neutralização do STF, descrita como essencial no plano, ilustra a preocupação do grupo com as instituições que poderiam agir para conter a ruptura institucional. O documento também aponta para o uso de um discurso de proteção à democracia como justificativa para medidas autoritárias.


O avanço das investigações deve trazer novos desdobramentos, incluindo a identificação de outros possíveis participantes e financiadores do plano. Além disso, o conteúdo da planilha deve embasar futuras acusações formais, ampliando a pressão sobre os envolvidos na tentativa de golpe.


Embora o plano não tenha sido executado conforme previsto, a descoberta ressalta a ameaça que movimentos antidemocráticos ainda representam no cenário político brasileiro. As autoridades seguem analisando o material e colhendo depoimentos para compreender a extensão da organização e garantir que os responsáveis sejam levados à justiça.


A revelação da “Operação Luneta” reacende debates sobre o fortalecimento das instituições democráticas e a necessidade de vigilância constante contra ações que visam desestabilizar o estado de direito no país. A Polícia Federal reafirmou seu compromisso em investigar e combater qualquer tentativa de ruptura institucional, destacando a importância de preservar os valores democráticos no Brasil.

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