O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que Elon Musk está sendo “falsamente atacado” em meio à onda de críticas internacionais sobre um gesto feito pelo CEO da Tesla e SpaceX. Musk estendeu o braço direito para o peito e depois o direcionou ao público durante um comício logo após a posse do presidente Donald Trump, na segunda-feira (20). O gesto gerou controvérsias por suas semelhanças com a saudação nazista ou com símbolos usados por líderes fascistas na Alemanha e na Itália.
O próprio Musk reagiu às críticas, descartando-as e dizendo em X (antigo Twitter) que “o ataque de ‘todos são Hitler’ está ficando cansativo.”
Em meio à polêmica, Netanyahu defendeu Musk, que é um aliado próximo de Trump. “Elon é um grande amigo de Israel. Ele visitou o país após o massacre de 7 de outubro, quando os terroristas do Hamas cometeram uma das piores atrocidades contra o povo judeu desde o Holocausto. Desde então, Musk tem apoiado de forma vigorosa o direito de Israel se defender contra terroristas genocidas e regimes que desejam exterminar o único estado judeu”, declarou Netanyahu nesta quinta-feira (23).
Musk agradeceu publicamente a defesa de Netanyahu, repostando a declaração com um simples “obrigado.”
Javier Milei, presidente da Argentina e conhecido por sua postura libertária, também se manifestou em apoio a Musk. Em uma fala no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, nesta quinta-feira (23), Milei, que também esteve na posse de Trump, afirmou que Musk, seu “querido amigo,” foi “injustamente atacado pelo wokeismo devido a um gesto inocente que apenas refletiu seu entusiasmo e gratidão ao público.”
Embora a Liga Anti-Defamação tenha minimizado o gesto, chamando-o de “estranho, mas feito em um momento de entusiasmo,” a saudação também foi interpretada por muitos como um símbolo de apoio de grupos extremistas de direita.
